“Cor é vida!”

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Série de fotos mostra a importância das cores e formas na arquitetura de Ruy Ohtake


Escrito por Romullo Baratto
Publicado pela Archdaily– 13/12/2021

“Estou interessado em criar formas que surpreendam as pessoas, que sejam ousadas”, costumava dizer Ruy Ohtake.

Com uma carreira de mais de seis décadas e cerca de 420 obras construídas – quase trezentas apenas em São Paulo –, Ohtake deixa um legado prolífico e inspirador à arquitetura brasileira. Além de São Paulo, seus projetos estão espalhados por locais tão distantes como Brasília, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, estados por onde projetou e construiu residências, equipamentos de transporte, sedes de instituições culturais, hotéis, bancos, arenas esportivas e torres corporativas. Em muitos destes é possível reconhecer uma resistência do arquiteto a se inclinar diante da linha reta, aquela que não oferece surpresas, e o desejo de emocionar com suas formas e cores.

“Cor é vida!”, dizia com entusiasmo.

Seus edifícios, em diversas escalas e programas, atestam isso: cores primárias vibrantes surpreendem, e às vezes chocam, os olhos daqueles mais afeitos à monocromia. Exemplos disso são os Redondinhos, conjunto habitacional na comunidade de Heliópolis, e a sede do Instituto Tomie Ohtake, para mencionar apenas alguns.

“Ele frequentemente falava sobre o microsegundo que leva para nossa mente absorver uma linha reta ou curva: com a linha reta, ele dizia, não há surpresa – podemos facilmente prever onde ela levará. Mas com a curva, nossa percepção (e coração) é envolvida – vai virar para lá, para cá… para onde nos levará? — Paul Clemence sobre Ruy Ohtake”

Clemence, fotógrafo de arquitetura estadunidense com grande interesse pela arquitetura brasileira, compartilhou conosco mais uma série de fotografias, desta vez, explorando o peso das cores e formas nos edifícios de Ohtake. A obra de Ruy, comenta o fotógrafo, é uma multiplicidade desses microsegundos, sempre nos conduzindo por uma estimulante jornada arquitetônica.

Romullo Baratto é arquiteto e urbanista, mestre em arquitetura e cinema pela FAU-USP. Além do ArchDaily, também trabalha como fotógrafo e cineasta independente no estúdio Flagrante, tentando explorar as relações entre movimento e espaço através de imagens. Fez parte da equipe de curadores da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2017.

Cita: Romullo Baratto. “”Cor é vida!”: série de fotos mostra a importância das cores e formas na arquitetura de Ruy Ohtake” 13 Dez 2021. ArchDaily Brasil. Acessado 13 Dez 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/973401/cor-e-vida-serie-de-fotos-mostra-a-importancia-das-cores-e-formas-na-arquitetura-de-ruy-ohtake> ISSN 0719-8906

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